terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Sempre NYC - Porque é Natal.

Hoje é um dia bem especial. Para mim, a véspera de Natal acaba tendo um sentido maior. Mas não por motivos religiosos, que também são bem vindos. Na verdade, me evocam muitas lembranças. E mais ainda, me alegra muito mais todo o preparativo do que propriamente a noite natalina.

Todo aquele cheiro que inunda a cozinha. O forno, o cravo, o melado no tender. A canela com açúcar da rabanada. Tradição que busco manter. Me dá um trabalho danado. Sempre tem alguém que chega com uma receita mais prática. Confesso que fico tentada já que fritar uma por uma, 40, 50 rabanadas, não é fácil.

Mas insisto. Me invadem lembranças daqueles que já não estão mais aqui. E do quanto curtiam esse dia lá em casa. Pois eu curtia muito mais toda aquela profusão de cheiros, e hoje também a invasão das memórias.

Tenho a sensação de que posso ficar o dia todo na cozinha e que a sua alquimia me trará as melhores sensações. E de fato trazem. Não preciso de mais nada. Da festa, dos presentes, posso ficar somente aqui. Já estou feliz. 

Cozinhar para mim é como maternar. Talvez seja porque vivi a maternidade como a sensação mais sublime. E cozinhar, dar de comer, dar de mamar, dar “de mamãe”, cuidar, produzir afetos, lembranças, sabores. Desejo que meu filho tenha no futuro a lembrança de uma mãe que cozinha. E que isso possa lhe fazer algum sentido.

Os últimos Natais já não têm sido como antes. E então busco dar a meu filho um pouco dessa sensação. A de construir uma memória que ele leve também para sua vida, assim como construí muitas das minhas.

E as dos Natais em família levarei para sempre. Um sonho sempre foi passar o Natal em NYC. Em 2012, por sugestão de alguns blogs, evitamos as datas mais próximas do Natal propriamente dito, já que Manhattan acaba ficando intransitável. Daí resolvemos ir no início de dezembro pois toda a cidade já está linda. Do jeito que sempre sonhei.




  
Os parques ficam muito animados mesmo com um frio congelante. Esse ano tem neve. Ainda não dei essa sorte. Existe algo mais apropriado do que Natal com neve? Mas o capricho com que a decoração de Natal é feita é de chorar.




A árvore do Rockfeller Center, super disputada, é um encanto inesquecível.




E as vitrines? Lindas, em algumas fazem até fila. Como na Sacks. A da Macy’s, também maravilhosa.








Uma boa opção para fugir do tumulto que fica na Quinta avenida, é circular pela Sexta. E ali, como existem muitos prédios de empresas, bancos, somos presenteados com uma linda decoração. Radio City, Chase, O Hilton, etc.





Desejo a todos um Natal verdadeiramente de Luz. Que possamos dar valor ao que realmente tem valor. E que a data nos possibilite de fato nascer, renascer, voltarmo-nos para o novo.



Ofereço essa postagem às minhas crianças, Lucas, sempre; mas também à princesa Isabela e ao pequeno Henrique, que ontem à tarde pode me proporcionar a memória da maior da sensações que já vivi nessa vida. A sensação de maternar.




Deliciem-se amigos, é Natal, vamos compartilhar.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Sempre NYC - Choveu? É dia de museu- MoMA, Frick Collection e Museu Judaico.

Os três museus que vou trazer hoje foram gratas experiências. São museus menores que podem ser visitados em poucas horas. E todos ficarão para sempre em minha memória.

O MoMA fica localizado no coração de midtown. Quem se hospeda por ali acaba passando muitas vezes em frente. Na 53 St, número 11W. Seu ingresso é pago, criança free, e aqui não rola o pague o quanto quiser. Mas tem uma dica, nas sextas feiras de 16 às 20 hs, a entrada é grátis. Ainda não tivemos a sorte de estar por ali neste dia e horário, então pagamos nas duas vezes em que fomos.

É um museu bem interessante e para quem, como eu, ama os impressionistas, não dá para perder. Confesso que não admiro muito arte moderna, então na última vez fui direto ao andar onde estão Monet, Van Gogh, Chagall, Cézanne e Cia. Apaixonante. Uma boa opção é também fazer uma refeição por ali pois tem um agradável restaurante.









A Frick Collection, fica na Quinta Avenida esquina com a 70 St. É uma mansão luxuosa que pertenceu ao magnata do aço Henry Clay Frick (1849-1919). Essa idéia de você adentrar um espaço doméstico, repleto de obras de arte do mais puro bom gosto, onde ainda estão os móveis da família, lindíssimos, de origem francesa, tapetes orientais, gente, é imperdível. Vermeer, Rembrandt, Degas, uma experiência maravilhosa.

Um deslumbre, considero um ótimo passeio para quando você for ao Upper East Side.

Já o Museu Judaico - Memorial do Holocausto, fica em Lower Manhattan. No número 36 da Battery Place. É uma forte experiência. Aconselho que você não vá se não estiver bem. O museu é muito organizado, não é grande, e toda a experiência vai acontecendo de forma gradativa, apresentando a história dos judeus, seu tempo de dor mas também de alegrias. Alguns vídeos são apresentados enriquecendo a visita. Muito lindo e nos acrescentou muito. Em alguns momentos, evitei certas imagens para Lucas, por motivos óbvios. Achei que ele é muito novinho para essa experiência, mas para mim e para Helcio foi muito importante estar ali.

Enfim, essa é nossa experiência com museus em NY. Ainda não fomos ao Guggenheim, pois tivemos imprevistos na programação. Está na nossa listinha pra julho do próximo ano.

Na próxima postagem vou aproveitar que estamos bem pertinho do Natal e vou falar um pouquinho sobre esta época, linda, em NYC.


Até lá.

sábado, 23 de novembro de 2013

Sempre NYC - Choveu? É dia de Museu - Museu de História Natural e Metropolitan.

Estou de volta para falar de dois dos museus mais queridos dos brasileiros em NY. Realmente são apaixonantes e ficam localizados ao lado do Central Park. No lado East, na altura da Rua 82 fica o Met, enoooorme, sugiro escolherem parte do acervo para visitar. Mais ou menos na mesma altura, 79 st., do lado West fica o MHN, também lindo e imperdível.

Conheço gente que se programa para visitar um pela manhã, almoça por perto, atravessa o Central Park e visita o outro a tarde. Para mim isso não rola, acho demais. Como disse na introdução, visitar museu é algo muito intenso e me afeta bastante. Depois da visita, preciso andar, falar, conversar. Não suporto tanta informação no mesmo dia.

Mas a proximidade do Central Park é ótima nesse caso, já que após o Museu costumamos passear pelo parque, almoçar ali perto, etc.




Outra diquinha bem bacana. Os dois museus citados são pagos. Necessariamente. Eles têm um preço sugerido que você vê logo na entrada. Mas o que nem todo mundo sabe é que em ambos você paga o quanto quiser pela entrada. Isso mesmo, sem culpa. Helcio ficou meio envergonhado com isso na primeira vez no MHN, pois sugeri pagarmos 1 U$ por pessoa. Ele acha que gastamos muito dinheiro com coisas menos valiosas, no que concordo plenamente. Todavia, penso eu, se vamos em três, tipo dois adultos e uma criança e pagamos o preço sugerido, gastamos cerca de 86 U$, o que para mim é bastante dinheiro. E como tem muito magnata visitando NY, além daqueles milionários que bancam museus, paguei os três dólares sem qualquer remorso.

Fiquem tranquilos, o pessoal da bilheteria está super habituado com isso e nem faz cara feia para você. É claro que existem partes do Museu em que é necessário pagar o preço cheio, tipo no planetário anexo ao MHN, mas esse ainda não visitamos, vai ficar para a próxima.



O acesso a esse museu é muito fácil. Como disse, fica na Central Park West (8ª Ave), entre a 77 st e a 81 st. Tem estação do metrô que te deixa dentro do museu. Assim, se estiver chovendo, ou muito frio, facilita muito a sua vida.

No museu você tem boas opções para lanche ou para somente um café. No entorno, eu sugiro o Shake Shack. Fica na rua de trás, Columbus Ave. Esquina com 77 st.






Depois da visita, se sua idéia não for um longo passeio pelo Central Park, sugiro que dê ao menos uma passadinha em Strawberry Fields, bem em frente ao Dakota, prédio em que viveu John Lennon. Fica entre a 71 e a 74 st.





Dali, daquela região até Columbus Circle (59 St.) é uma boa caminhada com ótimos passeios, tipo, Lincoln Center, Metropolitan Opera House, Avery Fisher Hall, Julliard School; Comprinhas na loja Century 21, bem mais vazia do que a de downtown, The North face, mais carinha. E por fim o próprio Columbus Circle (Mercado orgânico no subsolo, Bouchon Bakery). Dali, metrô para todo canto.

De volta ao Museu, afinal o tema é esse, é uma linda visita. É também bem grande, ocupa três quarteirões. As exposições apresentam a evolução da vida na Terra. As sessões mais concorridas são a dos dinossauros, a dos meteoros, o salão de minérios e pedras preciosas. A baleia azul, a sequóia gigante, os elefantes do leste da África, é uma visita maravilhosa.

Se você for com crianças, uma boa idéia é assistir com elas, antes da viagem, ao filme “Uma noite no Museu”, com Ben Stiller. Lucas já chegou na visita bem familiarizado.












Agora vamos ao Met.



Em dezembro de 2012 levamos Lucas pela primeira vez ao Metropolitan. Pegamos o metrô linha verde 6 sentido uptown. Descemos na 86 st. e logo ao sair da estação, uma parada na Dean e Deluca para nosso café mocha, pois fazia muito frio nessa terra. Seguimos três quadras sentido Quinta Ave, onde fica o Met. O sol dizia que iria esquentar um pouco, que maravilha, o que proporcionou um belo passeio no Central Park ao sairmos da visita.







No Museu, fundado em 1870, mais uma grata surpresa, uma exposição temporária de Matisse, parece um sonho! Enfim, iniciamos nossa visita. Pagamos os três dólares, guardamos os casacos e escolhemos visitar os Gregos, os Egípcios (dizem que o museu tem a melhor coleção de arte Egípcia fora do Cairo) e a temporária de Matisse. Cerca de duas horas de visita. O Templo de Dendur, belíssimo, fica num salão todo envidraçado com uma deliciosa vista para o Central Park.




Armas e armaduras, artes da África, Oceania e Américas, pinturas européias, arte romana, islâmica, medieval, moderna, os impressionistas, sempre eles!!!






Após a visita sentamos na escadaria para mais um deslumbre. O sol estava aquecendo um pouquinho e cantores gospel faziam sua apresentação à capela. Coisa mais linda!

Após, descemos pelo Central Park, beirando a Quinta. Dali, boas opções de passeio. Ali na esquina com a 70 st. fica a Frick Collection, falarei mais a respeito em postagem própria; no nº 11 da 73 st. fica a casa de Joseph Pullitzer; Loja da Nespresso na Madison 761, esq. com 66. Passeamos um pouco na Madison que é linda demais. E paramos para almoçar no Serafina da 61 st., embora o nosso predileto seja o da 55 st.

Na próxima semana, mais museu. MoMa e Frick Colletion. Até lá.