quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Chile - Diário de Bordo - Parte II - Vinícolas.

Para os amantes de um bom vinho, a visita ao Chile se torna inesquecível. O Chile, dos países da América do Sul, é o principal produtor do Cabernet Sauvignon, minha uva predileta. Especialistas o consideram um dos melhores vinhos do mundo. Seu bouquet inconfundível, hummm, adoro!

Mas não dispenso também um bom Carmenère, outra especialidade chilena. Menos encorpado, com aromas mais frutados, são também ótimas opções. Aprendemos na visita às vinícolas que quando a praga Phylloxera Vastatrix devastou grande parte dos vinhedos do mundo, o Chile foi protegido em virtude de sua geografia, de um lado pela Cordilheira dos Andes, de outro, pelo Oceano Pacífico. As parreiras chilenas, de origem européias, foram plantadas diretamente no solo.

Numas dessa parreiras, nos vinhedos de Merlot, foram encontradas mudas de Carmenère que acreditavam terem sido extintas quando a praga atingiu os vinhedos europeus. Assim, hoje se produzem vinhos Carmenère maravilhosos no Chile.

São muitas as regiões de vinícolas. Nós escolhemos visitar duas. A famosa e bem comercial Concha y Toro e uma menor, da qual guardo a melhor lembrança, Cousiño Macul. Ambas se localizam nos arredores de Santiago, ainda em seu perímetro urbano, no conhecido Valle del Maipo.

A Cousiño Macul, bem pertinho, cerca de 15 a 20 minutos, visitamos numa manhã. Contratamos um transfer privativo que nos pegou por volta das 10 hs em nosso hotel. Adoramos. É uma vinícola linda, pequena e seu tour guiado dura cerca de 45 minutos. Data de 1856 e até hoje pertence à mesma família. Degustamos vinhos deliciosos numa linda manhã de sol com a Cordilheira ao fundo.













Santiago tem esse encantamento, a Cordilheira está por todo lado, as vezes não parece que é de verdade. Emocionante.

Numa outra tarde de nossa semana no Chile, visitamos a Concha y Toro, um pouco mais distante, há 30 km de Santiago. Nossa, enorme, a maior do Chile. Fundada em 1873, hoje muito comercial, já não se encontra sob o domínio da família de origem. Fomos informados na visita de que eles até já adquiriram uma região junto ao Napa Valley, na Califórnia.

Lá conhecemos a história do Casillero del Diablo durante uma degustação deliciosa.





Conta a lenda que o dono da propriedade, Dom Melchor Concha y Toro guardava seus melhores vinhos a sete chaves. Todavia, muitos eram roubados. Assim, ele espalhou a notícia de que ali, onde se encontravam seus vinhos, seria o esconderijo do diabo e resolveu seu problema, os roubos cessaram.

A visita nos proporcionou uma grande oportunidade de adquirir vinhos caríssimos aqui no Brasil, por preços convidativos. Compramos o Dom Melchor, maravilhoso, mas o meu predileto foi o Terrunyo Cabernet Sauvignon, safra de 2008.







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