Mas não dispenso também um bom Carmenère, outra
especialidade chilena. Menos encorpado, com aromas mais frutados, são também ótimas
opções. Aprendemos na visita às vinícolas que quando a praga Phylloxera
Vastatrix devastou grande parte dos vinhedos do mundo, o Chile foi protegido em
virtude de sua geografia, de um lado pela Cordilheira dos Andes, de outro, pelo
Oceano Pacífico. As parreiras chilenas, de origem européias, foram plantadas
diretamente no solo.
Numas dessa parreiras, nos vinhedos de Merlot, foram
encontradas mudas de Carmenère que acreditavam terem sido extintas quando
a praga atingiu os vinhedos europeus. Assim, hoje se produzem vinhos Carmenère
maravilhosos no Chile.
São muitas as regiões de vinícolas. Nós escolhemos
visitar duas. A famosa e bem comercial Concha y Toro e uma menor, da qual
guardo a melhor lembrança, Cousiño Macul. Ambas se localizam nos arredores de
Santiago, ainda em seu perímetro urbano, no conhecido Valle del Maipo.
A Cousiño Macul, bem pertinho, cerca de 15 a 20
minutos, visitamos numa manhã. Contratamos um transfer privativo que nos pegou
por volta das 10 hs em nosso hotel. Adoramos. É uma vinícola linda, pequena e
seu tour guiado dura cerca de 45 minutos. Data de 1856 e até hoje pertence à
mesma família. Degustamos vinhos deliciosos numa linda manhã de sol com a
Cordilheira ao fundo.
Santiago tem esse encantamento, a Cordilheira está por
todo lado, as vezes não parece que é de verdade. Emocionante.
Numa outra tarde de nossa semana no Chile, visitamos a
Concha y Toro, um pouco mais distante, há 30 km de Santiago. Nossa, enorme, a
maior do Chile. Fundada em 1873, hoje muito comercial, já não se encontra sob o
domínio da família de origem. Fomos informados na visita de que eles até já
adquiriram uma região junto ao Napa Valley, na Califórnia.
Lá conhecemos a história do Casillero del Diablo
durante uma degustação deliciosa.
Conta a lenda que o dono da propriedade, Dom Melchor
Concha y Toro guardava seus melhores vinhos a sete chaves. Todavia, muitos eram
roubados. Assim, ele espalhou a notícia de que ali, onde se encontravam
seus vinhos, seria o esconderijo do diabo e resolveu seu problema, os roubos
cessaram.
A visita nos proporcionou uma grande oportunidade de
adquirir vinhos caríssimos aqui no Brasil, por preços convidativos. Compramos o
Dom Melchor, maravilhoso, mas o meu predileto foi o Terrunyo Cabernet
Sauvignon, safra de 2008.
Msravilhoso o post! Parabéns!! beijos Gel
ResponderExcluirObrigada, querida!
ExcluirSó pensando nos vinhos!! Ô delícia!!
ResponderExcluirEntão, que tal planejar uma visita?!
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